quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Dunga coloca Seleção na Copa 2018 e faz críticas a pastor na concentração

Treinador diz que Brasil vai ter dificuldades, mas que conseguirá êxito nas eliminatórias. Comandante fala da presença de religioso nos Estados Unidos


O técnico Dunga tem consciência de que a seleção brasileira não terá vida fácil nas eliminatórias sul-americanas da Copa de 2018. A estreia será no dia 8 de outubro, contra o Chile, em Santiago, e, três dias depois, o rival será a Venezuela, em Fortaleza. Mesmo assim, na entrevista coletiva de imprensa desta quinta-feira, na sede da CBF, no Rio de Janeiro, quando revelou alista de 23 convocados, com o lateral-direito
Rafinha, do Bayern de Munique, e o meia Renato Augusto, do Corinthians, como principais novidades, o treinador garantiu que o time canarinho estará no Mundial da Rússia.

- Você não deixa de acreditar no trabalho. As dificuldades sempre foram criadas e nós conseguimos superá-las. Vai ter essa dificuldade (nas eliminatórias), nós vamos sofrer, mas vamos nos classificar.
Resultado de imagem para Dunga
- Eu não permiti. Nem eu, nem Gilmar, nem a Seleção. Na Seleção, as coisas são feitas com transparência. Temos uma sala e os jogadores podem receber os seus familiares e pessoas mais próximas deles. Nada é proibido, mas não é local de exposição religiosa, política. Estamos representando o nosso país.
O treinador também comentou a foto postada por Guilherme nas redes sociais. Na legenda da imagem, o pastor chama Dunga de “chefe”
- Quanto ao rapaz colocar as fotos em redes sociais, eu vou explicar aquela imagem. Estava tomando um café e ele pediu para tirar uma foto. Para minha surpresa, quando eu vi nas redes sociais, ele quis induzir o torcedor dizendo que eu era chefe dele. Quanto uma palavra mal colocada pode representar? Avaliamos na Seleção a condição física, tática e técnica. Mas como qualquer um, como meus filhos, quando você erra não terá a cabeça cortada. Se o erro persistir, você precisa tomar uma decisão.
Dunga convocação da seleção brasileira (Foto: Reuters/Sergio Moraes)Dedo em riste: Dunga na convocação da seleção brasileira (Foto: Reuters/Sergio Moraes)
 O coordenador da Seleções, Gilmar Rinaldi, endossou as palavras de Dunga.  
- Respeitamos todos os tipos de crenças. A seleção brasileira não é o lugar para esse tipo de manifestação. É claro e simples: a seleção não é o local para fazer a ideologia de A ou B. Respeitamos todas as correntes, apenas achamos que não é o local disso – afirmou o dirigente.
Confira abaixo os principais trechos da coletiva de Dunga:
Dunga convocação da seleção brasileira (Foto: Reuters/Sergio Moraes)Dunga aperta os lábios na convocação (Foto: Reuters/Sergio Moraes)
ATLETAS QUE ATUAM NO BRASIL
- Estamos observando os jogos na medida do possível. Não tem uma regra, mas é um acordo de cavalheiros. Costumamos chamar apenas um ou dois jogadores, no máximo, por clube. São jogadores que estão se destacando. Esses atletas que são chamados precisam se adaptar, mas com qualidades eles fazem isso rapidamente.
MUDANÇA DE POSTURA DE LUCAS MOURA
- Quando um jogador vai para a Europa, ele tem uma cobrança tática mais forte. Ele precisa exercer essa função dentro da equipe. No Brasil, não. Quando ele vai para a Europa, ele tem esse respaldo e as pessoas entendem as cobranças. Ele jogou a Copa das Confederações, entendeu que o foco precisa ser o campo, os treinos, que as coisas que acontecem fora disso são um "plus a mais". Tem que se focar dentro do campo e fazer o que ele sabe dentro das características.
QUALIDADE DO CHILE
- Somos solidários. A Seleção vem crescendo muito. Grandes jogadores na Europa. O Chile tem um futebol agressivo, foi campeão da Copa América. Sempre tivemos dificuldades contra eles, principalmente nas eliminatórias. Recentemente, nós tivemos um jogo contra eles na Inglaterra. Tivemos dificuldades e voltaremos a ter dificuldades nas eliminatórias.
DIFICULDADES NAS ELIMINATÓRIAS
- Tudo é difícil. Estamos tendo uma grande oportunidade de mudar essa situação. O que aconteceu na Copa é mais ou menos como 1950. Será sempre lembrado. É uma cicatriz e não temos como mexer. Faz parte do passado e temos que pensar no presente. Não podemos passar ao torcedor que as eliminatórias serão fáceis. Sempre foi difícil. Mesmo com o brasil tendo seleções fantásticas, o Brasil sempre teve dificuldade. As dificuldades sempre fazem parte do nosso trabalho. Os adversários cresceram e cresceram muito. Aconteceu no vôlei. O Brasil nunca ganhava. Sempre ganhava dos Estados Unidos, mas mudou. Agora, o Brasil vence, a Polônia... Todos evoluíram e é natural que tenhamos mais dificuldades. Coloco como uma grande oportunidade para nós que estamos na Seleção de podermos demonstrar ao torcedor que estamos trabalhando e muito.
HULK
- Conhecíamos o Hulk. Fui eu quem o convocou pela primeira vez. Tivemos uma situação que não foi bem compreendida ou esclarecida. Nós o colocamos numa posição em que ele joga em sua equipe, mais perto da área, para aproveitar sua qualidade física, e ele correspondeu. Quanto a quem vai jogar ou não vai depender de como os jogadores vão chegar na Seleção.
AUSÊNCIA DE ATLETA MAIS EXPERIENTE NA LISTA
- Vai depender do momento. Continuamos com a ideia de ter um jogador mais experiente, mas sempre com a visão física e técnica. Não podemos chamar atletas só pela experiência, mas pela capacidade e pelo rendimento.


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