quinta-feira, 16 de julho de 2015

Brincadeira de mal gosto no WhatsApp expõe estudante como estuprador

A delegada Ludmila Vilas Boas destacou que o estudante não tem passagens pela polícia e afirmou que ele foi exposto de uma forma absurda.

Daniela Cardoso
O estudante Felipe Almeida prestou queixa na 2ª Delegacia, em Feira de Santana, após ter uma foto dele divulgada no WhatsApp em uma montagem de uma notícia sobre um caso de estupro ocorrido em Feira de Santana. Felipe disse que suspeita de uma pessoa que teria feito e divulgado a montagem.
“Essa pessoa falou pra mim que tudo não passava de uma resenha, só que é uma coisa séria. Não se pode brincar com isso, pois as pessoas compartilham muito rápido achando que é verdade. Prestei queixa e estou aguardando o retorno da delegada para tomar as providências cabíveis e poder resolver toda essa situação, que está me deixando muito constrangido”, desabafou.
Ele contou que uma amiga viu a montagem em um grupo de WhatsApp e o questionou sobre o que estava acontecendo. Ela o alertou sobre os perigos que a propagação dessa imagem poderia causar futuramente. “Eu expliquei pra ela o que tinha acontecido e ela me disse que isso poderia ter consequências graves. Eu fiquei muito assustado e muito chateado”, contou.Brincadeira de mal gosto no WhatsApp expõe estudante como estuprador
A delegada Ludmila Vilas Boas destacou que o estudante não tem passagens pela polícia e afirmou que ele foi exposto de uma forma absurda. Ela lembrou que a mídia tem divulgado casos semelhantes de pessoas que são confundidas com outras que cometeram crimes e que foram linchadas e até mortas. A delegada destacou que isso preocupa bastante a polícia.
“Por isso estamos tentando identificar quem começou a divulgar essas
inverdades contra esse estudante. E quem continuar propagando estará cometendo o mesmo crime. As pessoas que propagarem uma inverdade dessa serão indiciadas pelo crime de calúnia”, destacou.
A delegada Ludmila Vilas Boas reconhece que o WhatsApp é uma ferramenta importante, mas lembrou que está sendo utilizado por algumas pessoas de forma muito irresponsável. Ela afirmou que é possível identificar as pessoas que utilizam a ferramenta para cometer crimes.
“As pessoas acham que são anônimas, mas não são, e o crime é passível de ser descoberto. As pessoas têm que ter responsabilidade e cuidado com o que propagam, pois às vezes acham que é verdade e não é. Eu aconselho que as pessoas que recebam determinadas informações via WhatsApp, sem terem certeza de que são verídicas, que não compartilhem. Primeiro devem se certificar se a informação é verdadeira, para não estar praticando um crime e acusar injustamente pessoas inocentes de crimes que não cometeram”, afirmou.
Ludmila Vilas Boas informou ainda que outros casos semelhantes já foram registrados aqui em Feira de Santana. “Essa é uma questão muito séria e as pessoas precisam ter cuidado”, salientou.
As informações são do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade 

Nenhum comentário:

Postar um comentário