quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Com as mesmas resenhas, Railan retorna ao Bahia e será titular contra o Luverdense

Lateral voltou a atuar na partida contra o Sampaio Corrêa e vai assumir a posição de Cicinho na ala tricolo

Ele tem sorriso, disposição e otimismo de sobra. O futebol e a alegria de Railan estarão a serviço do Bahia contra o Luverdense, sábado, às 21h, em Lucas do Rio Verde, no interior de Mato Grosso. Depois de 216 dias, o lateral-direito voltará a vestir a camisa de titular.
Mascote na campanha do acesso em 2010, Railan agora quer
se firmar e ajudar o time a subir novamente. Dessa vez, dentro de campo. “Quando eu entrava ali como Super-Homem, eu queria fazer a alegria dos torcedores. Era uma alegria imensa e sei que deixei muita lembrança como mascote, mas agora quero deixar lembrança jogando. Quero ser um ídolo”, projeta, aos 21 anos. 
Recuperado de uma grave lesão no joelho sofrida em fevereiro, Railan voltou a jogar sábado, no segundo tempo do empate por 1x1 com o Sampaio Corrêa. Ele ganhou a vaga de Cicinho, que foi contratado para suprir a carência da posição já ocupada também por Tony, Adriano e Hayner, que não mostrou o rendimento esperado. Ontem, Cicinho se queixou de um incômodo na coxa e não participou do coletivo comandado por Sérgio Soares. Railan treinou o tempo todo entre os titulares. 
Depois de um longo tempo parado, Railan volta na reta final da Série B (Foto: Evandro Veiga/Correio)
Na temporada, Railan revezou a titularidade com Tony no início do ano, mas rompeu o ligamento do joelho esquerdo depois de atuar em apenas três jogos. Foi expulso na estreia do Baiano durante a derrota por 2x0 para o Vitória da Conquista e jogou pelo Nordestão no empate por 3x3 com o CRB e no triunfo por 2x1 contra o Globo, dia 18 de fevereiro. Depois, se machucou em um treino no Fazendão e, no dia 13 de março, passou por cirurgia. 
Futevôlei de cueca 
O retorno aos gramados foi antes do esperado. Railan não passou nem seis meses sem treinar, o que seria normal diante da gravidade da lesão.
“Com quatro meses de cirurgia, eu já estava jogando futevôlei”, conta. O episódio vem acompanhado de muita resenha e no final das contas acelerou o retorno aos treinos. “Eu estava passando na praia e fiquei olhando, aí me perguntaram se eu queria jogar. Não resisti, só que não sabia que o pessoal conhecia Éder Ferrari (gerente de futebol). Aí me complicou”, revela, aos risos. 

“No outro dia, Éder me chamou na sala e me perguntou: ‘Ô rapaz, você estava jogando futevôlei na praia e ainda de cueca?’. Eu estava na angústia pra brincar. Aí ele me disse que iria me liberar pra treinar, que eu já estava bom”. Por que de cueca? Ele estava de short jeans e atrapalhava.
Além da lateral, Railan ajuda tornando o ambiente do elenco mais descontraído. Coincidentemente, o retorno dele ao time acontece em um momento de tensão. Com 46 pontos, o Bahia é quarto colocado na Série B, mas não vem satisfazendo a torcida, que vaiou a equipe nas más atuações recentes contra Sampaio Corrêa, CRB e Macaé.
“Eu sou muito alegre e quando eu vejo meus companheiros tristes eu não deixo. A gente tem que estar todo mundo unido. Tem jogadores aqui da base que quando são vaiados sentem, como eu já senti também”, admite.

Fora dos planos, Tony rescinde com o Bahia e retorna ao Grêmio
Concorrente de Railan no início da temporada, o lateral-direito Tony não integra mais o elenco tricolor. Ontem, o clube oficializou a devolução do atleta ao Grêmio, time do qual veio por empréstimo até o fim do ano e com o qual tem contrato até maio de 2016. 

Tony chegou ao Bahia no início do ano, após a saída de Madson, para brigar pela titularidade com Railan. No entanto, este último rompeu os ligamentos do joelho e só retornou aos gramados no último sábado, no empate por 1x1 com o Sampaio Corrêa. Com isso, Tony teve praticamente o caminho livre para se firmar com a camisa 2, o  que não aconteceu. 

Adriano Apodi, contratado em maio do Vitória da Conquista, não atendeu às expectativas e, após a chegada de Cicinho, Tony foi afastado do elenco por opção técnica. O lateral fez 34 jogos com a camisa do Bahia, não marcou nenhum gol e deu uma assistência.

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