Voltou para o Conjunto Penal de Feira de Santana na tarde desta sexta-feira (25), o diretor de creche e líder comunitário, Jonas Souza de Jesus, mais conhecido como Tio Jonas, 55 anos. Ele foi preso no dia 20 de agosto deste ano após ter sido denunciado por estupro de vulnerável e foi solto no último dia 10, para responder processo em liberdade.
Ele foi preso no dia 20 de agosto deste ano após ter sido denunciado por estupro de vulnerável e foi solto no último dia 10, para responder processo em liberdade.
Segundo a denúncia encaminhada ao Ministério Público e aceita pelo Juiz Armando
Duarte Mesquita Junior, titular da 1ª Vara Criminal da Comarca de Feira de Santana, Tio Jonas descumpriu medidas cautelares prevista no Artigo 319, inciso III, do Código de Processo Penal, ao fazer ameaças a mãe da vítima, após ser solto.
Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade
De acordo com o delegado João Rodrigo Uzzum, coordenador Regional de Polícia, consta no relatório encaminhado ao Ministério Público que ele fez ameaças também aos funcionários do Centro de Referência de Assistência Social (Cras).
“Segundo consta, Tio Jonas, após ter saído da prisão passou a ameaçar testemunhas, vítimas e, inclusive, funcionários do Cras, que estavam dando assistência psicológica a vítima, gerando relatórios que foram encaminhados ao Ministério Público, que achou por bem a decretação da sua prisão. Na tarde de hoje os investigadores da Delegacia para o Adolescente Infrator (DAI) cumpriram o mandado de prisão e ele foi conduzido ao Conjunto Penal após realizar exames de lesões”, disse o delegado.
De acordo com Rodrigo Uzzum, com o descumprimento da medida será muito difícil Tio Jonas ser solto novamente para responder processo em liberdade.
“É uma situação que cabe ao poder judiciário decidir se ele deve sair ou não, mas segundo o que temos conhecimento, tendo em vista que ele foi beneficiado com a liberdade provisória e após ganhar liberdade passado a ameaçar as vitimas, seguramente ele responderá o processo preso até o final”, concluiu.
Tio Jonas nega as ameaças e disse que não viu as vítimas após ser liberado.
“O que houve eu não sei. Estou em casa desde que eu saí. Estou obedecendo tudo que a justiça determinou. Eu não entrei em contato com vítima nenhuma. Eu não tinha visto ninguém. Com 55 anos eu não poderia estar mentindo. Eu levei 30 anos trabalhando e agora vou morrer na prisão. Ontem mesmo eu pedi para a advogada solicitar ao juiz para que eu pudesse ir para a casa do meu pai, na roça, porque lá e eu ficaria mais tranquilo longe aqui da cidade”, disse.
No dia em que o acusado foi liberado, a advogada Luana Dourado informou que a revogação da prisão do acusado, foi possível porque não havia mais necessidade de proteção da instrução criminal. “O juiz analisou o pedido e entendeu que, com base nos nossos argumentos, era o momento em que Jonas atendia os requisitos para responder o processo em liberdade. A prisão se baseou apenas no depoimento da vítima e ocorreram algumas contradições que ela identificou, citando como exemplo os exames relacionados à libido que deram negativos. Todos esses fatos demonstram que Jonas é inocente”, informou a advogada em entrevista ao Acorda Cidade no último dia 9.
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