A delegada informou que Tainá estava com o namorado e que ela não tinha nenhum envolvimento amoroso com o autor dos disparos
Andrea Trindade
O adolescente de 16 anos suspeito de matar Tainá Cordeiro Servo, 17 anos, na madrugada do último domingo (30) durante a festa do São Pedro de Humildes, em Feira de Santana, compareceu na Delegacia de Homicídios, na manhã desta quarta-feira (3), acompanhado pelo advogado Bender Nascimento e familiares.
Durante depoimento prestado à delegada Dorean dos Reis Soares, o jovem informou que disparou apenas três tiros e que nenhum deles atingiu a garota. Segundo o acusado, o alvo era um outro adolescente, que teria disparado tiros contra ele no início do mês passado. Na ocasião, o jovem não foi atingido.


A delegada informou que Tainá estava com o namorado e que ela não tinha nenhum envolvimento amoroso com o autor dos disparos, de acordo com o que foi apurado até o momento. A delegada informou também que os tiros ocorreram durante uma briga entre gangues dos bairros Rocinha e Parque Getúlio Vargas.
“Ela estava no local errado e na hora errada. Era uma gangue, um não podia ver o outro em um mesmo local e resolveram acertar as contas em plena festa. Ela sofreu dois tiros e outras pessoas também foram baleadas”, disse.
Durante depoimento, o adolescente confessou que dos tiros que disparou, apenas um atingiu seu alvo e que uma segunda pessoa também atirou atingido outras vítimas. Tainá o conhecia, porque moravam no mesmo bairro (Parque Getúlio Vargas) e, no momento do tiroteio, estava na mesma barraca que ele. Entre os dois havia apenas uma relação de amizade, e segundo a polícia, Tainá já havia namorado um primo dele.
O acusado disse também que usou um revólver calibre 38, que comprou por R$ 800 reais na “Feira do Rolo”, localizada nos fundos do Sac I, depois que sofreu a tentativa de homicídio no início de junho, por um adolescente do bairro Rocinha.
A delegada informou que o jovem se mostrou arrogante e que o depoimento dele não a convenceu. “Atirar em uma multidão, para ele tanto faz, como tanto fez”, declarou.
Tainá foi baleada por dois tiros, mas apesar disso a polícia não descartou a possibilidade de ela ter sido vítima de bala perdida. “Considerando a versão do menor de que duas pessoas estavam atirando no meio de uma multidão, bala perdida não escolhe ninguém”, disse Dorean, ressaltando que brigas de várias gangues já provocaram a morte de muitas pessoas.
Ela citou associações criminosas dos bairros Queimadinha, Caseb, Rocinha, Sito Mathias, Parque Getúlio Vargas, Tomba e Liberdade, dentre outros.
Informações do repórter Ed Santos do programa Acorda Cidade
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