segunda-feira, 4 de maio de 2015

Em jogo histórico, mas com confusão, Fortaleza para Ceará e é campeão

Tricolor do Pici tira pentacampeonato alvinegro com gols no finalzinho do jogo na Arena Castelão. Festa tricolor é ofuscada por invasão e confusão de torcedores


Castelão, confusão, briga, torcidas, invasão, Ceará, Fortaleza (Foto: Bruno Gomes/Agência Diário)Torcedores protagonizaram cenas de vandalismo no Castelão (Foto: Bruno Gomes/Agência Diário)
O roteiro parecia muito bem definido. Festa e êxtase da torcida e dos jogadores tricolores. O gol de Cassiano, quando as esperanças do Leão do Pici pareciam minguar era o símbolo da redenção e da festa de um time que não levantava uma taça desde 2010. Diante disso, era esperar o apito do árbitro, bem próximo, e correr para o abraço. No entanto, com o fim da partida, Marcelo Chamusca e seus comandados mal puderam dar entrevistas e comemorar. Foram para o vestiário diante de uma confusão generalizada entre as torcidas de Ceará e Fortaleza, que invadiram o campo da Arena Castelão, e promoveram uma barbárie dentro das quatro linhas.
A Federação Cearense de Futebol (FCF) chegou a cancelar a premiação por falta de clima para a festa. Praticamente uma hora depois, resolveram entregar a taça. Em meio aos festejos, mais confusão e uma nova invasão. Mesmo com policiais em campo.
Depois do título e de toda a confusão, os jogadores e a comissão técnica do Fortaleza deixaram o Castelão e foram comemorar o título em um restaurante
da cidade. Deixaram para trás tudo de ruim, mas já pensam no jogo da próxima quarta-feira (6), quando jogam contra o Coritiba, pela segunda fase da Copa do Brasil, na Arena Castelão, às 21 horas. O adversário, Ceará, que saiu derrotado, só joga de novo na próxima sexta-feira (8), fora de casa, na Vila Capanema, contra o Paraná Clube, na abertura da Série B do Campeonato Brasileiro, às 21 horas.

Que chapéu, Daniel!
O primeiro tempo do Clássico-Rei decisivo mostrou um Leão do Pici aguerrido, jogando pra frente e propondo o jogo, e um Ceará esperando o adversário e sem tanta atitude. Embora tivesse a necessidade de vencer para ser campeão. Com isso, o Fortaleza criava boas jogadas no setor ofensivo. O Ceará chegava mais na pressão do que na técnica. O resultado não podia ser outro. Em boa troca de passes, Daniel Sobralense recebeu em impedimento, deu um belo chapéu em João Marcos, que chegou atrasado, e chutou no canto de Luís Carlos. Indefensável.
Ceará x Fortaleza - Arena Castelão (Foto: Agência Estado)Ceará oscilou durante o jogo e demorou a reagir na partida decisiva (Foto: Agência Estado)

Independente do questionamento sobre a posição do meia-atacante tricolor, o Leão do Pici já era melhor e tinha criado chances mais claras de gol. No apito do árbitro, o técnico Silas Pereira sabia que precisava fazer alguma mudança urgente no modo de jogar alvinegro.
De arrancar os cabelos
Diferente da etapa inicial, o Ceará resolveu ir para cima do Fortaleza com tudo. E o Leão aceitou a pressão alvinegra até a expulsão de Uillian Correia, após o segundo cartão amarelo. Daí em diante, começou a administrar a partida e esteve tranquilo em campo até Ricardinho mandar chute forte de fora da área. A bola, que parecia de fácil defesa, foi parar no fundo das redes. Falha de Deola que colocou o Vovô no jogo de novo.
Adalberto, Lima, Fortaleza (Foto: Bruno Gomes/Agência Diário)Adalberto e Lima comemoram título do Cearense (Foto: Bruno Gomes/Agência Diário)
A partir daí, as arquibancadas ficaram em suspensão. Era impossível respirar direito com a sequência de lances dos dois lados. Até que, aos 46 minutos do segundo tempo. Assisinho cabeceou certeiro. Deola olhou a bola passar e parar no fundo das redes. Parecia o fim dos sonhos tricolores. E a conquista do pentacampeonato voltava a ser iluminada. Chamusca balançava a cabeça como se não acreditasse. A torcida do Vovô ia ao delírio.
Mas quis o destino que a história da partida virasse mais uma vez. Menos de dois minutos depois. No apagar das luzes. A bola achou a cabeça de Cassiano, sozinho dentro da pequena área. Gol do Fortaleza. Êxtase. Festa. E a certeza de que a alegria de levantar o troféu havia voltado. Para saber o restante da história, é só voltar ao começo do texto.

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