segunda-feira, 28 de setembro de 2015

SALVADOR, Professor morre após ser esfaqueado em tentativa de assalto no Barbalho

Vítima saía de um bar com o tio quando foi abordado. Moradores relatam violência no bairro; ele era casado e tinha 4 filhos

Roverson morreu após ser esfaqueado em tentativa
de assalto no Barbalho 
(Foto: Arquivo Pessoal)
Um professor de segurança do trabalho morreu após ser esfaqueado em tentativa de assalto no bairro do Barbalho, em Salvador, na noite do sábado (26). O crime aconteceu na rua Aristide Ático, por volta da 23h30.
Roverson do Espírito Santo Santana levava o tio em casa, após assistirem ao jogo do Bahia em outro bar do Barbalho.
Ao chegar na rua em que o tio morava, os dois foram convidados para tomar uma cerveja com o dono do Dis Paula Bar, amigo deles.
Na saída do estabelecimento, o professor foi abordado por um homem quando entrava em seu veículo, uma Ford Ranger. O tio de Roverson, que mora na rua e voltava para a casa a pé, viu tudo.
"Eu já estava de costas, quando olhei e vi o cara correndo atrás dele com uma peixeira na mão dando voltas nos carros estacionados na rua. Ele reagiu ao assalto", contou o familiar, que preferiu não se identificar, em entrevista ao CORREIO.   
O tio de Roverson começou
a gritar, buscando socorro. Foi quando os vizinhos dele apareceram na porta de casa e o assaltante fugiu. Segundo os moradores do bairro, o rapaz era pardo, usava calça jeans, camisa branca e estava com uma bolsa branca a tiracolo.
"Quando eu ouvi que era um assalto, fui na porta e vi que ele estava atracado com o bandido", disse um morador do bairro, que também não quis se identificar. O suspeito tentou entrar em um táxi, que se recusou a parar. Então, ele fugiu a pé pela rua Rocha Leal sem levar nenhum pertence de Roverson.
Vítima saía de um bar com o tio quando foi abordado por assaltante e reagiu(Foto: Yne Manuella/Repórter CORREIO)
O professor, que foi atingido por um golpe de peixeira na perna direita, foi socorrido pelos vizinhos do tio para o Hospital Ernesto Simões Filho. "Ele estava perdendo muito sangue e chegou até a falar: 'poxa, vou morrer'", disse um dos moradores do bairro que prestou socorro a Roverson.
A vítima, que também trabalhava fazendo carreto, deu entrada na unidade médica ainda consciente e conversando, mas não resistiu aos ferimentos e morreu por volta da 0h50. Os vizinhos do tio de Roverson lamentaram a morte dele: "ele era uma pessoa de bem, sossegadíssimo".
Eles também relatam que há muitos assaltos na região -  houve um assalto no mesmo bar onde o professor e o tio pararam para beber com o dono do estabelecimento há quatro anos. Roverson era casado e deixa quatro filhos. A esposa dele passou mal e precisou ser hospitalizada após receber a notícia. O enterro do professor vai acontecer neste domingo (27), às 16h30, no cemitério Campo Santo.
Sapato de Roverson, sujos de sangue, ficou abandonado no local do crime(Foto: Yne Manuella/Repórter CORREIO)
Manchas de sangue no local do crime (Foto: Yne Manuella/Repórter CORREIO)

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