quarta-feira, 7 de outubro de 2015

POLÍCIA ,Acusado de assaltar e matar taxista conta como o crime aconteceu

O acusado disse também que está arrependido e que sabe que não será perdoado pela família da vítima.

Leonardo de Souza Brandão, 19 anos, acusado de matar o taxista Renato Cardoso do Carmo, 57 anos, durante uma tentativa de assalto, confessou o latrocínio (roubo seguido de morte). Ele foi preso na manhã desta quarta-feira (7) na casa onde mora no bairro Kalilândia, por policiais civis da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR) e do Serviço de Investigação da 1ª Coordenadoria de Polícia do Interior (1ª Coorpin).
Acusado de assaltar e matar taxista conta como o crime aconteceu
Em entrevista ao Acorda Cidade, ele informou que foi a primeira
vez que matou uma pessoa e relatou como o crime aconteceu:
“Eu anunciei o assalto, ele reagiu e eu dei uma cacetada nele com a arma já para ele se afastar e depois eu empurrei. Quando eu empurrei, ele veio de novo para cima de mim, tentar tirar a arma de mim e eu efetuei um disparo só. Eu abaixei ainda para a bala pegar por baixo do corpo já para não matar ele mesmo, porque eu não tive a intenção de matar. Quando ele gritou eu sai correndo. Não sei por que ele reagiu, acho que ele entrou em pânico, mas eu não botei pânico, falei tranquilamente: 'É um assalto senhor'. Eu atirei porque ele veio duas vezes em direção a mim para pegar a arma. Na primeira vez eu bati na mão dele para ele se afastar porque eu não queria atirar nele de jeito nenhum. Fiquei falando só isso: 'Não venha não, não venha não. Mas ele foi se aproximando e eu efetuei o disparo'”, recordou.
O acusado disse também que está arrependido e que sabe que não será perdoado pela família da vítima.
“Ele foi a primeira pessoa que matei. Nunca matei ninguém. Minha família é toda honesta: minha irmã trabalha e faz faculdade, meu irmão trabalha, meu primo... Eles estão bem. Eu estava trabalhando como assistente técnico e o que aconteceu foi uma fatalidade. Sei que não vou pedir perdão porque sei que eles não vão me perdoar e sei também que eles fariam o mesmo comigo ou pior, mas só Deus para me ajudar. Estou muito arrependido por isso. Poderia ser um pai, um avô ou tio meu. Só matei porque ele veio para cima de mim e veio pegar minha arma, mas mesmo assim eu me arrependo, não era para eu ter feito isso”, disse.
O Crime
Renato foi baleado no lado esquerdo do tórax, na Praça dos Ex-combatentes, em Feira de Santana, durante uma corrida, por volta das 19h da última sexta-feira (2). Os acusados teriam entrado no veículo no ponto do Hospital Emec, na Avenida Getúlio Vargas.
O taxista morava na Rua Joaquim Nabuco, bairro Estação Nova, em Feira de Santana. Este é o sexto latrocínio (roubo seguido de morte) registrado em 2015, na cidade. O corpo do taxista foi sepultado ontem com muitas homenagens de colegas de trabalho e sob protestos da categoria, que reivindica mais segurança. (leia mais).
Informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade

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